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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

5 dicas de como fotografar paisagens

Com dicas simples, fotografar paisagens será bem mais fácil.
Quando se vai registrar uma foto de um grande campo aberto, uma praia ou uma cadeia de montanhas, o resultado satisfatório salta logo aos olhos. Por que será? Por que o mais amador dos fotógrafos (e seu público) consegue identificar uma boa foto de paisagem?
Simples: porque a natureza é criada com harmonia. Mas como aprender a "linguagem da natureza" em nossas fotos?
Primeiro você precisa conhecer alguns princípios fundamentais quando se fala em composição da imagem, as dicas abaixo valem tanto para uma câmera digital profissional quanto para câmeras digitais automáticas e até mesmo para uma câmera digital infantil Existe uma linguagem fotográfica construída pelo observador, que envolve todo um conjunto de aspectos e facilita a composição da imagem. São eles: equilíbrio, proporção, ritmo, ponto de vista, enquadramento e fundo.
Equilíbrio: aparece quando é possível distribuir harmoniosamente no quadro da imagem elementos semelhantes, como cor, textura, forma e tamanho. Entretanto se faz necessário reservar um espaço visual para que o fotógrafo possa ali determinar seu assunto principal.
Proporção: procura-se nas dimensões dos elementos que compõem da imagem a mesma proporção que há no visor da câmera, entre base e altura.
Ritmo: é o que dá o movimento para a imagem. Ocorre quando alguns elementos se sucedem, repetindo-se, porém, em harmonia, combinando.
Ponto de vista e enquadramento: caracteriza-se pela capacidade que o fotógrafo possui de escolher e distribuir elementos que farão parte da foto.
Fundo: dependendo do que se quer registrar ele pode valorizar ou distrair o observador da foto. Uma dica é a mudança de ângulos. Varie os ângulos. Procure fazer com que o fundo também participe da foto.
Agora que você conhece o básico da composição fotográfica, vamos dar algumas dicas rápidas para você melhorar a qualidade das fotos que produz:
1. A regra dos nove quadros. É uma das práticas mais clássicas para compor belas fotografias. Ao olhar uma imagem você a divide mentalmente em três colunas por três linhas e procura localizar o "tema" de sua foto na intersecção das linhas. Assim:
como tirar foto de paisagem
2. Mire no horizonte e mantenha-o nivelado. A linha do horizonte deve ficar paralela à imagem. Outra dica bacana é subir ou descer esta linha, caso o céu ou o chão tenham elementos mais interessantes.
3. De olho na sombra. O perigo de sua sombra aparecer na foto é maior no início ou no final do dia, quando a imagem projetada é maior. Dica de ouro: direcione sua sombra em locais já sombreados no local!
4. Avalie os detalhes da cena. Alguns elementos isolados podem abrilhantar ou estragar a sua foto. Antes de fazer o clique, dê uma olhada geral para elementos isolados e sua função na cena.
5. Trazendo para frente um elemento. Nem sempre conseguimos focalizar toda a imagem para representar uma paisagem. Quando isso acontece, procure representar aquele momento por partes da paisagem que a representem. Assim você consegue uma composição mais harmônica.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Câmeras Digitais 3D. Como funcionam?
Estes modelos de câmeras já se encontram disponíveis no mercado, mas por falta de informações que instruam os consumidores são raramente procuradas. Afinal, nem todos entendem qual a real necessidade em adquirir um produto que grava em três dimensões.
As câmeras digitais que captam imagens em 3D são diferentes daquela que o público já está acostumado. As imagens são obtidas com diferenças de ângulos, mas ao usarmos os óculos especiais elas parecem pular da tela.
Vamos conhecer um pouco mais a Tecnologia 3D?
Já bastante conhecida nos cinemas, esta tecnologia veio realmente para ficar. Você consegue imaginar uma realidade em três dimensões? Pois na verdade ela não existe. Sua mente cria esta ilusão e isso acontece através de um fenômeno natural que se chama esteroscopia: uma projeção de duas imagens da mesma cena, mas observadas de pontos diferentes. Seu cérebro funde estas duas imagens em uma só e você recebe as informações sobre a profundidade, a distância, tamanhos e posições dos objetos gerando uma ilusão de ótica em 3D.
Mas a captação destas imagens não é feita de qualquer forma. Não esqueça que este efeito extraordinário só acontece pela junção de duas imagens vindas de pontos distintos. Neste caso, durante a captação, as imagens devem ser filmadas ao mesmo tempo. O enquadramento correto é feito por softwares desenvolvidos para este fim. E, em tempo real, eles reduzem as imperfeições da imagem, permitindo uma visão mais realista.
O que acontece é uma simulação da visão do olho humano. Cada lente é posta cerca de seis centímetros uma da outra. Pois esta é a distância média entre os nossos olhos. Desta forma são monitorados o foco, o ângulo, o zoom, abertura e enquadramentos.
A indústria de entretenimento avança em direção à 3D
Grandes empresas como a Sony, Samsung, LG, Panasonic, Fuji estão aprimorando suas tecnologias na fabricação de câmeras digitais de 3D. De olho no mercado, a Fuji saiu na frente lançando o modelo Fine Pix Real 3d W 1, uma câmera que filma e fotografa em três dimensões.
Mas os fabricantes destas câmeras digitais 3D acreditam que, com a boa aceitação das câmeras comuns e um maior conhecimento das câmeras de 3D, os consumidores se interessarão em produzir seus próprios conteúdos. Atualmente, sabemos que uma produção em 3D exige altos investimentos, inviabilizando projetos de usuários comuns. Mas quando estes mesmos usuários começarem a gravar vídeos e compartilhar com a Internet, certamente deixarão de lado as câmeras comuns e migrarão para as câmeras digitais 3D.
Caso você deseje adquirir uma, fique ligado! Para visualizar as imagens, você precisará de uma câmera nova, um monitor ou uma TV com 3D.
Fonte:http://www.magazineluiza.com.br/PortaldaLu/verConteudo.asp?id=6385

Quais as melhores alturas para tirar fotos?



A resposta é curta: em qualquer altura e em qualquer idade! E isso é realmente verdade. Por exemplo, quando somos recém-nascidos. É comum que os hospitais com maternidades tenham um fotógrafo pessoal, ou um fotógrafo no contrato para entrar e fazer fotografias de cada recém-nascido. E todo o mundo gosta de se rever quando ainda era um ser tão pequeno e indefeso.
Porque os bebês estão constantemente mudando e crescendo, eles devem tirar seus retratos, por exemplo, aos 3 meses, aos 6 meses, 9 meses e 12 meses. Em seguida, esses retratos devem ser feitos, várias vezes por ano, até e durante toda a sua adolescência. No mínimo, devem ser feitos retratos de crianças na conclusão do pré-escolar, a conclusão do ensino fundamental, após a conclusão do ensino médio, conclusão da escola secundária, e em seu último ano do ensino médio. Retratos devem ser feitos, para comemorar a graduação da faculdade ou universidade!
Os porta retratos que temos espalhados pela casa, devem ser desses momentos de mudança, momentos únicos que vivemos e sobre os quais temos boas recordações e bons sentimentos. Esses retratos também podem ser feitos na entrada no mundo dos negócios com o primeiro emprego, ou a entrada para o serviço militar. Sempre que há uma mudança na carreira, ou uma promoção dentro de uma carreira, um retrato deve ser feito.
Poucos são aqueles que não tem em sua casa nos seus porta retratos, fotos de casamentos, nascimentos, festas de aniversários, entre outros. Tudo momentos bons, que ao olhar para eles recordamos e revivemos esses bons momentos de felicidade.
Por vezes temos e vemos em muitas casas o retrato de família, o quando no casal, a esposa está grávida de seu filho. Falando em retratos de família, em geral, desde que há crianças na casa um retrato de família deve ser feito a cada 5 anos. E o interessante é depois vermos as mudanças que foram acontecendo ao longo dos anos, porque todo o mundo muda fisicamente, e importante é guardar e ter essas fotos como testemunho de todas as mudanças.
Em suma, qualquer marco na vida é um bom momento para um retrato, e este continua ao longo de toda a vida. Definitivamente a vida continua, após a aposentadoria e pode haver muitas realizações que devem ser comemoradas com uma foto. Então, deixe-me dizer novamente que qualquer idade, e cada idade é a idade certa para tirar um retrato!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Brincando com fotos


Brincando com o passado e transformando o presente! Gostei da idéia, vou fazer uma dessa pra mim!!! 


Antes, "A criança inocente" Agora, "A safada sem vergonha!"

Esse Não mudou muito neh!

Não sei por que mas essa foto me lembra "Fixação" do Kid Abelha

Esse garoto nunca vai ter namorada... num falei!

Mais um exemplo de que pessoas não são como vinho... O tempo as  estraga !

Susan!!! conheco voce! já foi no american idol?

Essa ficou bem legal neh!



Mais uma prova de que " tudo passa... até uva passa!"

Ontem aluna hoje professora!



Aprendendo como nascer e crescer viciada! 




Quem diria que essa gracinha ia virar "Isso!"

Babaca desde cedo!


Eh! a juventude te deixou! sua pistola já não é mais a mesma coisa!!!
 

Potter? 



terça-feira, 22 de novembro de 2011

Racismo: Está Além da Cor da Pele.


racismo2Racismo é algo que afeta a população mundial de forma geral sem distinção de lugar, desde muito tempo ouvimos a respeito a sua existência. E quando pensamos que em pleno século XXI as coisas possam melhorar aí é que nos enganamos.
A falta de respeito, insultos contra pessoas semelhantes ao próprio umbigo, mesma estrutura (Corpo, Alma e Espírito), diferenciado apenas pela sua característica física, são constantes em nossa sociedade. O racismo está em toda parte, até hoje palestinos contra judeus, Irã contra Israel, brancos contra índios e vice-versa. A discriminação por cor aparece na fala das pessoas, são piadinhas, frases infelizes, vícios de linguagens como palavras de duplo sentido.
O racismo está muito além da cor da pele. O indivíduo sente a necessidade de colocar suas frustrações nas costas de alguém, a culpa sempre é do outro, do “diferente” de nós. O racismo é sinônimo do incompreensível.
Um episódio que vem sendo repercutido, e que superou barreiras, sendo falado em vários jornais do mundo foi o acontecimento recente no futebol brasileiro. Casos de racismos no futebol infelizmente não são novidades. Ontem (24/06/2009) o argentino Maxi Lopes, do Grêmio foi denunciado por Elicarlos do Cruzeiro, por tê-lo ofendido com palavras de conteúdo racista.
O presidente dos Estados Unidos não venceu as eleições porque é negro, e sim porque é inteligente, culto, descente, moderno, capaz. E como o ser humano é falho, quando Obamapreconceito vier a errar, já que Bush deixou muito pepino em suas mãos, provavelmente ouviremos comentários comparados a sua cor.
É como já dizia Albert Einstein “no mundo em que vivemos é mais fácil destruir um átomo do que um preconceito”.
Nenhum indivíduo nasce odiando outra pessoa devido à cor de sua pele, religião ou sua origem. Para odiar, precisa nascer o sentimento de raiva contra a pessoa e, se pode nascer esse sentimento de ódio, porque então não nascer o sentimento do amor, aprender a amar? E você, onde guarda o seu racismo? Precisamos amar nosso semelhante como a nós mesmo, tratá-los como gostaríamos que fôssemos tratados.
Deixo uma reflexão de Martin Luther King: “Eu tenho um sonho de que um dia meus quatro filhos vivam em uma nação onde não sejam julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter”.
fonte: http://www.top30.com.br/news/racismo

Dia Nacional da Consciência Negra - 20 de Novembro

História do Dia Nacional da Consciência Negra

Esta data foi estabelecida pelo projeto lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003. Foi escolhida a data de 20 de novembro, pois foi neste dia, no ano de 1695, que morreu Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa, pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão, no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
Importância da Data

A criação desta data foi importante, pois serve como um momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e religiosos de nosso país. É um dia que devemos comemorar nas escolas, nos espaços culturais e em outros locais, valorizando a cultura afro-brasileira. 
A abolição da escravatura, de forma oficial, só veio em 1888. Porém, os negros sempre resistiram e lutaram contra a opressão e as injustiças advindas da escravidão. 
Vale dizer também que sempre ocorreu uma valorização dos personagens históricos de cor branca. Como se a história do Brasil tivesse sido construída somente pelos europeus e seus descendentes. Imperadores, navegadores, bandeirantes, líderes militares entre outros foram sempre considerados hérois nacionais. Agora temos a valorização de um líder negro em nossa história e, esperamos, que em breve outros personagens históricos de origem africana sejam valorizados por nosso povo e por nossa história. Passos importantes estão sendo tomados neste sentido, pois nas escolas brasileiras já é obrigatória a inclusão de disciplinas e conteúdos que visam estudar a história da África e a cultura afro-brasileira.
Quem foi Zumbi e realizações
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas. O Quilombo dos Palmares estava localizado na região da Serra da Barriga, que, atualmente, faz parte do município de União dos Palmares (Alagoas). Na época em que Zumbi era líder, o Quilombo dos Palmares alcançou uma população de aproximadamente trinta mil habitantes. Nos quilombos, os negros viviam livres, de acordo com sua cultura, produzindo tudo o que precisavam para viver.
Embora tenha nascido livre, foi capturado quando tinha por volta de sete anos de idade. Entregue a um padre católico, recebeu o batismo e ganhou o nome de Francisco. Aprendeu a língua portuguesa e a religião católica, chegando a ajudar o padre na celebração da missa. Porém, aos 15 anos de idade, voltou para viver no quilombo.

No ano de 1675, o quilombo é atacado por soldados portugueses. Zumbi ajuda na defesa e destaca-se como um grande guerreiro. Após um batalha sangrenta, os soldados portugueses são obrigados a retirar-se para a cidade de Recife. Três anos após, o governador da província de Pernambuco aproxima-se do líder Ganga Zumba para tentar um acordo, Zumbi coloca-se contra o acordo, pois não admitia a liberdade dos quilombolas, enquanto os negros das fazendas continuariam aprisionados.

Em 1680, com 25 anos de idade, Zumbi torna-se líder do quilombo dos Palmares, comandando a resistência contra as topas do governo. Durante seu “governo” a comunidade cresce e se fortalece, obtendo várias vitórias contra os soldados portugueses. O líder Zumbi mostra grande habilidade no planejamento e organização do quilombo, além de coragem e conhecimentos militares.

O bandeirante Domingos Jorge Velho organiza, no ano de 1694, um grande ataque ao Quilombo dos Palmares. Após uma intensa batalha, Macaco, a sede do quilombo, é totalmente destruída. Ferido, Zumbi consegue fugir, porém é traído por um antigo companheiro e entregue as tropas do bandeirante. Aos 40 anos de idade, foi degolado em 20 de novembro de 1695.

Importância de Zumbi para a História do Brasil 
Zumbi dos Palmares Zumbi dos Palmares: um símbolo de resistência e luta contra a escravidão  
Zumbi é considerado um dos grandes líderes de nossa história. Símbolo da resistência e luta contra a escravidão, lutou pela liberdade de culto, religião e pratica da cultura africana no Brasil Colonial. O dia de sua morte, 20 de novembro, é lembrado e comemorado em todo o território nacional como o Dia da Consciência Negra. 

E para encerrar:
"Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de vocês qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um revolucionário."
Che Guevara

"Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra."
Bob Marley

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Governador Antonio Anastasia disse que bônus de produtividade depende da arrecadação


Humberto Santos - Do Hoje em Dia 
MARCELO PRATES

Anastasia: 'Estamos aguardando o desempenho da receita, temos muita cautela'

Criado para gratificar e estimular os servidores a atingirem metas, o prêmio de produtividade do Governo de Minas corre o risco de ficar apenas na promessa em 2011. O governador Antonio Anastasia (PSDB) disse, nesta sexta-feira (7), que o seu pagamento está vinculado ao aumento da arrecadação. Tradicionalmente, o bônus era depositado na conta do servidor no quinto dia útil do setembro. Neste ano, porém, o prazo foi estendido.

“Estamos aguardando o desempenho da receita, temos muita cautela. Há uma estabilidade de nossa receita e tão logo tenhamos condições (pagaremos). Claro que nosso intuito é fazer esses pagamentos o mais rápido possível. Dependemos do desempenho e o desenrolar da arrecadação do Estado” disse Anastasia.

Embora o governador afirme preocupação com a arrecadação para pagar a gratificação aos servidores, o Orçamento do Estado enviado à Assembleia Legislativa no último dia de setembro prevê arrecadação e gastos de R$ 51,5 bilhões para 2012. O montante é 14,40% superior ao de 2011, cuja previsão era de R$ 44,9 bilhões. Do total previsto para o próximo ano, R$ 22,1 bilhões serão gastos com o pagamento dos mais de 500 mil servidores espalhados por todo o Estado.

Em setembro, o Hoje em Dia mostrou que o pagamento do prêmio não havia sido realizado. O Governo justificou o atraso dizendo que não havia uma data definida para o repasse e que ele seria pago no segundo semestre. Tem direito ao bônus os servidores públicos efetivos, designados, concursados e contratos que trabalharam pelo menos 90 dias em 2011.

Cerca de 300 mil servidores públicos de Minas foram contemplados com o prêmio no ano passado. Na ocasião, o Governo cogitou dobrar o valor pago, mas acabou recuando da ideia. O benefício é proporcional aos dias trabalhados. O pagamento, no entanto, é condicionado à disponibilidade de caixa no orçamento estadual. É preciso que o Governo tenha registrado no ano anterior um resultado fiscal positivo.

Complemento salarial, o prêmio por produtividade foi instituído por meio da Lei 17.600, promulgada durante o Governo do senador Aécio Neves (PSDB), em 2008. O objetivo é estimular os servidores a perseguirem resultados e, de quebra, inflar os rendimentos mensais. Quando o assunto é o 13º do funcionalismo, o Governo tranquiliza os servidores e prevê o pagamento, integral, na primeira quinzena de dezembro.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Feiura tem cura!







E ainda mais, estas são americanas. Se com elas dá pra melhorar, imaginem então as brasileiras!!!! Dá pra resolver o problema. Diz o ditado, não existe mulher feia, o que existe  é mulher pobre!Pelo menos na fotografia eu posso ajudá-las. Dá-lhe Photoshop!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Governo apela para tudo para tentar destruir a greve dos educadores. Mas, o núcleo duro resiste!



Em Juiz de Fora, um grupo de bravos educadores passaram o dia acorrentados em protesto contra o governo de Minas, que não paga o piso. (Foto: http://juizdeforaagora.blogspot.com/2011/09/professores-da-rede-estadual-realizam.html)


Governo apela para tudo para tentar destruir a greve dos educadores. Mas, o núcleo duro resiste! Diretores do sind-UTE entram em greve de fome. Em Juiz de Fora, educadores passam o dia acorrentados

Foi um dia de chantagens e ações combinadas por parte dos aparelhos do governo para tentar destruir a nossa heroica greve, que completa, nesta terça-feira, 105 dias - a mais longa greve da história dos educadores mineiros.

Durante todo o dia de hoje, 19, o governo mandou que seus capitães do mato telefonassem para os professores com chantagens, dizendo que se eles não voltassem, que haveria contratação para os cargos dos mesmos. Os tais substitutos, que o governo está pegando a laço nas ruas, tenham eles qualquer formação ou nenhuma, de preferência.

Além disso, no site da SEE-MG, o governo requentou o anúncio do edital do concurso, com o qual não concordamos, sabendo que isso provocaria tensão entre aqueles que pleiteiam legitimamente uma vaga na rede do estado. Ainda neste infeliz site, o governo anuncia um hipotético calendário de reposição de aulas, incluindo todos os sábados e feriados do ano, até fevereiro de 2012. Tudo sem ouvir a categoria, que está em greve pelo pagamento do piso salarial nacional.

Para completar, o governo intensificou sua campanha de inverdades através da mídia, com aquela lorota de que já paga o piso, que o sindicato é intransigente, que a maioria dos professores está em sala de aula, com os agradecimentos do governo, e que a greve é ilegal e coisa e tal.

Como vivemos num estado da mentira, podemos esperar de tudo. Uma hora o governo diz que paga até mais do que o piso através do subsídio, e depois diz que se fosse pagar o piso real (não o golpe do subsídio), teria que disponibilizar pelo menos mais R$ 2 bilhões por ano. Outra hora, ele diz que a greve é insignificante, atinge menos de 2% das escolas, mas ao mesmo tempo faz uma campanha como se toda a rede estivesse em greve e que todos os alunos corressem risco de perderem o ano letivo.

E assim, de mentira em mentira, o governo vai tentando enganar a população, procurando jogar os pais de alunos e estudantes contra os professores, quando o grande responsável pela greve dos educadores é o próprio governo, que se recusa a cumprir uma lei federal (11.738/2008) e pagar o piso salarial nacional dos profissionais da Educação.

Mas, os educadores em greve não assistem a tudo passivamente. A greve continua forte, inclusive recebendo novas adesões. Além da guerrilha virtual que é travada o dia inteiro por um grupo de educadores em greve através da Internet, um outro valente grupo da cidade de Juiz de Fora se acorrentou no Calçadão central daquele município, desde às 9h de hoje.

E agora, no final da tarde, recebemos a notícia de que dois valentes diretores do sind-UTE -
Abdon Geraldo Guimarães e Marilda de Abreu Araújo - iniciaram greve de fome na porta do gabinete do 1º secretário da Mesa da ALMG, deputado Dilzon Melo, e lá continuarão até que o governo restabeleça as negociações para o pagamento do piso.

Nesta terça-feira, 20, está marcada uma negociação entre o líder do governo e o sindicato - negociação esta arrancada graças aos acorrentados na antiga Praça da Liberdade, atualmente conhecida como Praça da Repressão, onde centenas de educadores e seus apoiadores foram brutalmente agredidos pela tropa de choque do governo no dia da inauguração do relógio da contagem regressiva de 1000 dias para a Copa do Mundo.

Mas, estranhamente, o governo passou o dia de hoje pressionando os deputados para que eles acelerem a votação do projeto de lei que destrói a carreira dos educadores. Mas, este projeto não tira o governo da ilegalidade, já que Minas continua pagando o menor piso salarial do país: R$ 369,00 para o professor com ensino médio.

O que se verifica é que o governo de Minas dispõe de dinheiro para realizar obras faraônicas, como cidades administrativas, viadutos, linhas verdes, estádios de futebol, beneficiando as grandes empreiteiras que financiam as campanhas eleitorais do grupo do padrinho do atual governador. O governo tem dinheiro também para gastar à vontade em publicidade, que cala a boca desta mídia sem ética e sem compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão. Tem o governo dinheiro ainda para contratar centenas de cabos eleitorais através de leis delegadas, além dos altos salários e verbas indenizatórias que compõem os polpudos salários da alta cúpula dos três poderes constituídos.

O governo só não tem mesmo dinheiro para pagar um mísero piso salarial para os educadores, porque a Educação pública e a valorização dos trabalhadores da Educação contrariam a política anti-povo deste governo, baseada em choques e confiscos salariais nas costas dos educadores e demais servidores de baixa renda.

Diante disso, é preciso mobilizar ainda mais toda a sociedade mineira dos de baixo, e começar a discutir o impeachment deste governo para quebrar a máquina que esmaga o povo e destrói os sonhos de muitas gerações. Sem carreira e sem salários, não se pode imaginar que haja Educação pública de qualidade. E com isso, muitas gerações serão vítimas, ficando sem perspectivas de uma formação crítica e também profissional, que possa proporcionar um horizonte melhor para todos.

Na assembleia de amanhã, às 13h, será muito importante que discutamos todas as possibilidades. Será importante também reforçar a nossa auto-organização, inclusive com o apoio e a unidade de outros movimentos sociais e entidades estudantis e sindicais, transformando a nossa luta numa causa para toda a sociedade mineira dos de baixo.

O governo de Minas e sua máquina - mídia, legislativo, judiciário, MP, PM, TCE - estão juntos para nos esmagar. Precisamos nos defender e resistir através de uma ampla mobilização popular. Para isso é necessário que nos organizemos pela base tendo o NDG como o centro dessas mobilizações. Um centro horizontal e não burocratizado.

Nós não vamos voltar para a escola sem o nosso piso. E mesmo quando isso acontecer - ou seja, quando o piso estiver garantido - devemos nos manter unidos e em contato, pois não demorará muito para que o governo e sua máquina tentem a todo custo nos destruir novamente. Não conseguirão, porque somos a maioria e estamos aprendendo a nos organizar de forma independente. E isso assusta ao governo e a todos que tentam nos controlar. Não conseguirão.

Por isso, colegas de combate, quem puder chegar mais cedo na ALMG para acompanhar as negociações com os deputados, que o faça. Quem não puder, não deixe de participar da assembleia geral da categoria, às 13h. Precisamos definir os próximos passos para garantir o cumprimento da lei pelo governo.

Vivemos dias difíceis. Sem salários, com a ameaça de perder a carreira, o emprego, o piso. Somos atacados por uma máquina oficial insensível e cínica, formada para destruir seres humanos. Mas, pode ser que tal diabólico redemoinho seja o prenúncio de novos tempos, que serão - estão sendo - construídos com a nossa luta, com as nossas próprias mãos, fazedores de história que somos.

Um forte abraço a todos e força na luta! Até a nossa vitória! 

Fonte:http://blogdoeulerconrado.blogspot.com/

Veja o Cristóvao Buarque fala sobre a nossa greve

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

RADICALISMO do jornal estado de minas e do governo anastasia X a SERENIDADE daqueles que têm a lei ao seu lado


Depois da espetacular manifestação que os professores da rede pública estadual de MG organizaram em Belo Horizonte na tarde de quarta-feira – o que foi, ao mesmo tempo, uma comemoração pela publicação do acórdão do STF que garante o pagamento do piso nacional e uma demonstração da força dos grevistas, cada vez em maior número e recebendo o apoio da sociedade – o Governo de Minas mandou o jornal Estado de Minas publicar um editorial para depreciar a categoria.
Acostumado a ser subserviente ao poder, o jornal publicou uma pérola que vai entrar para os anais do jornalismo mineiro assim como já faz parte dele a forma como o jornal anunciou a implantação da Ditadura Militar no Brasil em 1964. Um registro inesquecível que o blog Greve dos Professores-MG ajudou a recuperar:
“Multidões em júbilo na Praça da Liberdade.
Ovacionados o governador do estado e chefes militares.
O ponto culminante das comemorações que ontem fizeram em Belo Horizonte, pela vitória do movimento pela paz e pela democracia foi, sem dúvida, a concentração popular defronte ao Palácio da Liberdade. Toda área localizada em frente à sede do governo mineiro foi totalmente tomada por enorme multidão, que ali acorreu para festejar o êxito da campanha deflagrada em Minas (…), formando uma das maiores massas humanas já vistas na cidade”
(O Estado de Minas – Belo Horizonte – 2 de abril de 1964)
Apesar dos poucos leitores interessados nas opiniões que esse jornal manifesta em seus editoriais e no impacto quase nulo que um texto tendencioso e cheio de equívocos como o publicado ontem tem para mudar a opinião de um leitor com o mínimo de conhecimento sobre a realidade da educação no estado, ele recebeu uma resposta rápida dos professores, publicada no mesmo blog Greve dos Professores-MG.
Transcrevo abaixo, de forma alternada, tanto o editorial – intitulado “Radicalismo e Serenidade” – quanto a resposta dos professores (em vermelho). Em azul, está a contribuição deste blog para ajudar a esclarecer os grotescos equívocos do jornal.
A leitura assim orientada dá bem a dimensão de como cada “vírgula” escrita pelo “grande jornal dos mineiros” simboliza o RADICALISMO com a qual ele defende posição do governador Anastasia e de suas “ilustres” secretárias de Educação e de Planejamento, mesmo que para isso ele não tenha se importado em deturpar a realidade dos fatos, ocultar informação ou simplesmente mentir.

Radicalismo e serenidade

Já passa do limite do razoável o radicalismo com que vem sendo conduzida a greve dos professores da rede estadual. A esta altura, parece fora de dúvida que o respeito aos alunos e seus familiares é coisa secundária, mero pé de página de um projeto político que, a troco de atingir o governo eleito por maioria esmagadora de votos, desconhece a responsabilidade como devem ser tratadas as coisas do estado.
O governo de Minas Gerais ultrapassou os limites e passa de modo despudorado a desrespeitar a Lei. Em nome de um projeto político pessoal transforma em coisa secundária, um mero pé de página da luta pelo poder, as justas reivindicações do professorado mineiro que pedem apenas a cumprimento da lei.
O comando do movimento deu ontem mais uma demonstração de que não se interessa mesmo em discutir coisa alguma e tampouco está preocupado com as limitações legais e financeiras do estado ou o prejuízo que está causando a milhares de crianças e jovens a paralisação das aulas por quase 80 dias. Ante mais uma proposta amplamente divulgada em editais publicados na imprensa pelo governo do estado, a resposta foi a manutenção da greve, desconhecendo qualquer esforço em busco de acordo.
A secretária de Planejamento deu ontem mais uma demonstração de que não se interessa mesmo em discutir coisa alguma e tampouco está preocupada com a execução da lei ou o prejuízo que está causando a milhares de crianças e jovens a paralisação das aulas. Ante a publicação, amplamente divulgada na imprensa, do acórdão do Supremo Tribunal Federal decretando a ilegalidade do regime salarial instituído em Minas Gerais e determinando o pagamento imediato do piso, a resposta do governo foi a negativa, rasgando a lei e desconhecendo qualquer esforço em busca de acordo.
Outra demonstração de que a remuneração dos professores passou a segundo plano para os líderes do movimento – se é que lá não esteve sempre – é que a reivindicação central do comando da greve é o pagamento do piso salarial nacional de R$ 1.187, fixado em lei federal, para jornada de 40 horas semanais. O governo do estado argumenta que a menor remuneração paga aos professores de sua rede ultrapassa em 57% esse valor, uma vez que são pagos R$ 1.122 por 24 horas semanais.
Outra demonstração de que a remuneração dos professores passou a segundo plano para os membros do governo – se é que lá esteve sempre – é que a argumentação central do executivo mineiro repousa na farsa da existência de um salário, para os professores, superior ao piso determinado em lei. Afirma o governo pagar a mais esse valor em 57%.
Além disso, em razão de recentes atualizações do processo remuneratório dos professores, o estado tem dois grupos de contracheques na educação. A maioria, 62%, recebe valor resultante da incorporação de gratificações ao antigo vencimento básico, passando a remuneração a ser chamada de subsídio. Os restantes 38%, cerca de 153 mil servidores, não optaram por essa incorporação e recebem os vencimentos discriminados em básico e gratificações.
Entretanto, ao ver-se obrigado por força de lei a pagar o piso muda o governo o discurso da fartura e alega impossibilidade orçamentária para remunerar os nossos mestres. Afinal, se pagam a mais e o piso seria mera desculpa para uma greve, segundo afirmam os governistas, como explicar a não contribuição aos cofres públicos da reivindicação dos professores que, considerando o editorial do último dia 25 de agosto do jornal Estado de Minas, realizam uma greve para pedir redução de salário?
Esse detalhe, que escapa à opinião pública em geral, facilita a injeção de combustível no movimento grevista, que insiste na conversão do vencimento básico em piso nacional. Ontem, o movimento se valeu da publicação de um acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo qual o piso salarial nacional deve ter como referência o vencimento básico do servidor. O governo de Minas não é parte da ação movida por outros estados, que provocou a decisão do STF, e portanto, terá de aguardar o julgamento de embargo declaratório que melhor esclareça como deve ser tratado o caso daqueles 38% dos professores que não optaram pelo subsídio.
Esse detalhe, que já não escapa à opinião pública em geral, facilita a injeção de combustível no movimento grevista, pois a sociedade mineira não aceita ser enganada pelo governo, nem pela imprensa submissa. Ontem, a publicação do acórdão do Supremo Tribunal Federal (STF), pelo qual o piso salarial nacional deve ter como referência o vencimento básico do servidor, encerrou a questão. Mesmo não sendo parte da ação movida por outros estados, Minas Gerais terá de seguir a determinação do Supremo para TODOS os professores da rede pública estadual.
Quanto à maioria, que recebe no formato de subsídio, parece fora de questão que não cabe a modificação reivindicada. O que o governo do estado já sabe é que tanto a lei do piso quanto o acórdão do STF partem do pressuposto de que o pagamento aos professores teria igual metodologia em todo o país. E, o mais importante, não levam em conta – pelo menos antes dos esclarecimentos provocados pelos embargos – a quem devem obedecer os estados: a eles ou à Lei de Responsabilidade Fiscal, que será fatalmente atropelada se for o estado for coagido a praticar despesa de pessoal além dos 46,55% de sua receita líquida.
Tanto os professores que recebem na forma de subsídio, quanto aqueles que recebem pelo piso, têm garantido o direito de receber o piso determinado pelo Governo Federal e pelo STF, pois a lei vale para todos igualmente. A lei criada pelo Presidente Lula e sua validação pelo STF partem do pressuposto de que os professores precisam ser valorizados e que, portanto, uma política nacional precisa ser colocada em prática, independentemente da metodologia de pagamento adotada em cada estado. Os estados são obrigados a obedecer a Lei do Piso tanto quanto são obrigados a obedecer a Lei da Responsabilidade Fiscal. Cabe a ele organizar suas contas para não desrespeitar a Constituição.
Se não pela necessidade de melhor esclarecer dúvidas dessa gravidade, pelo menos em consideração aos alunos e suas famílias, o radicalismo deveria ceder ao bom senso e à serenidade.
O Governo Federal e o STF não deixam dúvidas quanto à validade e à aplicabilidade da Lei do Piso, por isso a greve dos professores é legítima e permanecerá em consideração à melhoria da qualidade da educação que os alunos e suas famílias merecem. O radicalismo do Governo de Minas, demonstrado em sua recusa insistente em não cumprir a Constituição, deveria ceder ao bom senso e à serenidade daqueles que têm a lei ao seu lado.
Fonte: http://historiaspraboiacordar.wordpress.com/2011/08/26/a-radicalidade-do-jornal-estado-de-minas-e-do-governo-anastasia-x-a-serenidade-daqueles-que-tem-a-lei-ao-seu-lado/

Greve dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais

Para acompanhar notícias da greve, vá ao site do SINDUTE.
Ou ao blog da Bia Cerqueira, aqui.
Acompanhe também no Blog do Euler, que tem vários vídeos 
Mantenha-se informado para não ser  conivente com o sistema que só passa informações distorcidas.
Não seja um alienado, seja um aliado.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

O grande jornal dos mineiros e do governo Anastasia acha que o STF não manda em MG


Depois de protagonizar a “piada do dia” ontem (leia aqui, mas perceba que o páreo foi duro, pois o jornal O Tempo também se mostrou um forte concorrente, veja aqui), o jornal Estado de Minas publicou uma notinha no canto da capa da edição de hoje afirmando que “decisão do Supremo confirmando o piso nacional não afeta a política salarial para o magistério em Minas”.
É isso mesmo o que você leu, pode conferir abaixo:

O “grande jornal dos mineiros”, em coro com o Governo de Minas, quer nos fazer acreditar que o nosso estado está imune às decisões do STF e à Constituição Brasileira!
É a oportunidade que faltava para eles declararem independência e coroarem Aécio Neves o Imperador das Minas! Até porque sua candidatura à Presidência do Brasil em 2014 está cada vez mais distante, como você pode ver aqui e aqui. Só rindo.

Carta de um Professor de Filosofia Designado da Rede Estadual


Porque estou em greve

  • agosto 18, 2011 3:02 pm
Pedro Henrique Mendonça Fernandes
Professor (designado) de Filosofia da Rede Estadual de Minas Gerais
Após 15 dias de greve, e também de reflexão sobre isso, achei que deveria apresentar uma justificativa aos meus colegas educadores, meus alunos e seus pais, e a todos mais que se sintam envolvidos nessa situação.
Como não poderia ser diferente, o grande motivo que me faz continuar em greve está intimamente ligado à minha profissão. Mas diferente do que parece óbvio, não venho mais uma vez justificar meu estado de greve apenas pelo meu salário. Quero justificar esses dias com base no meu trabalho como Professor de Filosofia.
Como poderia continuar ensinando aos meus alunos do Primeiro Ano Médio que a Filosofia se faz pelo questionamento da realidade, pela sua problematização, pela pergunta que motiva a busca pela verdade, se eu continuasse passivo, sem questionar minha própria situação profissional, sabendo que estava submetido a uma inverdade, simplesmente por não acreditar na mudança ou por me imaginar impotente diante de um Estado maior que eu?
Como poderia continuar ensinando aos meus alunos do Segundo Ano Médio que o trabalho deve conduzir o homem à realização, à transformação da sua vida e da sociedade e não simplesmente à alienação e ao desgaste físico e mental, se eu continuasse a chegar em casa cansado e frustrado pelo descaso do nosso patrão em relação a nós, seus funcionários, e à nossa clientela; continuasse a assistir às propagandas  maravilhosas e enganosas sobre nossas escolas e reportagens sobre educadores agredidos e aviltados em seus direitos; continuasse a encontrar com amigos e colegas que insistiam em dizer que tinham pena de mim pela minha profissão; e, no fim do mês continuasse a receber um salário que não corresponde à minha força de trabalho?
Como poderia continuar ensinando aos meus alunos do Terceiro Ano Médio que a política tem como papel regular a vida da sociedade, administrando o que é de todos, em vista de diminuir as diferenças, assegurar a igualdade de direitos, elaborar leis justas, e que todos nós devemos participar diretamente da política pelo voto e pela cobrança uma vez que o poder político se legitima graças ao respaldo e a aceitação do povo, se eu continuasse a responder calado à injustiça que a minha classe vem sofrendo diante do não cumprimento de uma lei que nos favorece; continuasse a me manter omisso diante do abuso de poder dos governantes; se eu me mantivesse num conformismo que afirma que o Brasil não tem mais jeito e que aos políticos cabe altos salários e ao povo altos impostos?
Enfim, se eu me mantivesse como estava, estaria claro para meus alunos que a Filosofia não faz diferença alguma. É apenas uma disciplina a mais; uma erudição desnecessária que não modifica em nada a vida da pessoa e tampouco da sociedade. Desta forma não faria sentido algum estudar Filosofia. E se não há porque estudá-la, não há porque haver alguém que a ensine. E, como aconteceu nos anos da Ditadura Militar, a Filosofia seria novamente retirada das escolas e eu passaria de grevista a desempregado.
Como vocês puderam perceber, prefiro correr o risco de perder o emprego por ter lutado do que perder o emprego sem ter feito nada!
Fonte: http://historiaspraboiacordar.wordpress.com.
Quando eu leio textos como esse, eu me orgulho em ser bacharéu em Filosofia. Pois se ensinamos a pensar, refletir ,como podemos profissionalmente ser alienados diante de um momento como este? O que será que alguns professores de estão ensinando em sala de aula? Professores de Sociologia, Filosofia, História  e outras matérias que deveriam ajudar os alunos a se posicionarem diante dos fatos históricos atuais.Falam apenas daqueles que lutam e não se incluem entre estes? Devemos lembrar à nossos alunos que somos nós que construimos nossa história. Quero que minha filha olhe o meu passado e se orgulhe do seu pai. Não o veja como um alienado que só fala, mas não tem coragem de colocar em prática o que ensina. Apesar de todas as ameaças, eu e minha esposa temos a coragem de enfrentar esses desafios, mesmo sem receber salários, lembrando que nós temos dívidas, pagamos contas, comemos como todos os demais professores .E isso ,para nós ,não é desculpa para não participarmos desse movimento legítimo de luta por nossos direitos.

Quem sou eu

Santa Cruz de Salinas, Minas Gerais, Brazil
Professor de Artes e Fotógrafo Profissional